Na reabilitação neuropsicológica, a pessoa começa por realizar atividades de estimulação cognitiva de acordo com as dificuldades apresentadas. De forma gradual, será instruída para aplicar os ganhos (obtidos a partir da estimulação cognitiva) em tarefas práticas do seu dia-a-dia.
As necessidades variam de pessoa para pessoa. Portanto, quer seja recuperar a função cognitiva perdida, ou preservar/reforçar as funções existentes, será elaborado um plano de atividades personalizado. Este plano será ajustado às necessidades específicas da pessoa e ao progresso observado.
As nossas sessões de estimulação e reabilitação cognitiva podem ser:
» Estudo de caso - O nosso profissional analisará a informação recolhida na primeira sessão. Esta análise levará à definição de um plano de intervenção que será proposto numa segunda sessão.
» Reavaliações: Ocasionalmente, serão feitas reavaliações das funções cognitivas. A reavaliação, é assim, uma forma de se aferir a eficácia da intervenção.
* Nota: A avaliação cognitiva breve e as reavaliações realizadas em contexto de sessão de estimulação cognitiva não irão produzir um relatório clínico.
Este procedimento não terá qualquer custo associado, pois o mesmo estará incluído nas sessões de estimulação cognitiva.
Deverá de se fazer acompanhar de:
» Informativas: Por vezes, o acompanhante poderá ser um elemento chave no processo terapêutico, pois este poderá ajudar a pessoa a organizar, cumprir e executar o seu treino/atividade.
» Práticas: Sendo esta, uma sessão mais prática e onde a pessoa necessita de aplicar mais concentração, não é de todo recomendável a presença de um acompanhante, pois poderá afetar a performance da pessoa.
Por vezes, os danos são demasiado profundos e não é possível recuperar a função cognitiva perdida.
Nestes casos, devem-se recorrer a estratégias de compensação que, a título de exemplo, pode ser algo tão simples como a pessoa fazer-se acompanhar de uma agenda, em vez de confiar totalmente na sua memória.
Portanto, respondendo à questão: Sim, podemos ajudar!
No fundo, iremos pensar em conjunto com a pessoa, sobre uma série de alternativas que funcionem e que lhe façam sentido.
A estimulação cognitiva possui o potencial para preservar ou potenciar o funcionamento cognitivo, e isto acontece devido a um fenómeno chamado "neuroplasticidade".
Neuroplasticidade...
A neuroplasticidade é, basicamente, a forma como o nosso cérebro se modifica para correspondermos adequadamente aos desafios e às circunstâncias da vida.
Isto acontece, pois o nosso cérebro é constituído por circuitos de comunicação (redes neuronais) que se vão organizando e reorganizando consoante as nossas necessidades. Na sua essência, estamos a falar duma resposta adaptativa do nosso cérebro à nossa própria realidade. Esta (re)organização permite-nos aprender, memorizar informação, ou mesmo, melhorar o nosso desempenho em determinada tarefa.
"A prática leva à perfeição" - Será apenas um provérbio?
Certamente, que conhecerá um ou outro indivíduo que se tenha tornado exímio em determinada tarefa devido a um treino consistente. Muito provavelmente, esse indivíduo (que repetiu a mesma ação vezes e vezes sem conta) executará tal tarefa mais eficientemente do que alguém que nunca a tenha desempenhado... Isto acontece graças à neuroplasticidade.
Neste exemplo, a prática continua da tarefa levou o cérebro a criar novos circuitos de comunicação e a reforçar outros circuitos que já existiam antes. No fundo, é como se a prática continuada da tarefa levasse o cérebro a considerar a importância da mesma, ampliando os circuitos de comunicação disponíveis para a sua execução.
"Então, podemos pensar no cérebro quase como se fosse um músculo?"
Tal como o exercício físico estimula o músculo, potenciando o seu desenvolvimento, a estimulação cognitiva potenciará o desenvolvimento das redes neuronais associadas à atividade realizada.
Vejamos a seguinte imagem, onde consta uma demonstração do impacto da estimulação cognitiva nas redes neuronais:
A. Antes do treino cognitivo B.2 semanas de treino cognitivo C. 2 meses de treino cognitivo
Imagem de: Garcia-Camba, Maria & Garcia Planas, Maria Isabel. (2018). DYSCALCULIA, MIND, CALCULATING BRAIN AND EDUCATION. 480-489. 10.21125/edulearn.2018.0203.
A. Antes do treino cognitivo
B. 2 semanas de treino cognitivo
C. 2 meses de treino cognitivo
Imagem de: Garcia-Camba, Maria & Garcia Planas, Maria Isabel. (2018). DYSCALCULIA, MIND, CALCULATING BRAIN AND EDUCATION. 480-489. 10.21125/edulearn.2018.0203.
O impacto da estimulação cognitiva...
O impacto da estimulação cognitiva tem sido estudado há vários anos. Este tipo de treino tem mostrado resultados bastante positivos, tanto em crianças, como em adultos e idosos.
Tem sido um recurso aplicado em inúmeras situações, como por exemplo, na recuperação após AVC ou Traumatismo cranioencefálico, em quadros neurodegenerativos, Perturbação de Hiperatividade e Défice da Atenção, Perturbações da aprendizagem, entre outros.
Além, destas aplicações mais específicas, tem sido uma opção bastante utilizada por pessoas que procuram formas de manter a sua mente ativa, ou, que tenham o objetivo de prevenir o impacto do processo de envelhecimento nas funções cognitivas.
Seguem alguns estudos e links que poderão ser do seu interesse:
É possível agendar uma sessão ao domicílio. Para mais informações, poderá aceder ao seguinte link: Consulta ao domicílio
Será ainda possível, a realização de sessões online, no entanto, a primeira sessão terá que ser presencial ou ao domicílio, devido ao procedimento breve de avaliação cognitiva realizado nesta sessão.
Caso opte pela sessão online, esta será informativa, ou seja, será direcionada para o esclarecimento de dúvidas e/ou ajustamento do plano de atividades.
Existem várias atividades de estimulação cognitiva que podem ser realizadas com a criança.
No nosso serviço trabalharemos diretamente com os pais, de modo a encontrarmos as atividades que melhor se adequarão aos seus filhos.
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